26 de out. de 2009

"a história das coisas"

A história das coisas é um documentário muito bem elaborado. Ajuda na compreensão sobre a crise humana-ambiental-planetária e nos sensibiliza para as mudanças que precisam ser feitas urgentemente do pessoal ao coletivo, do humanitário ao institucional, dos países aos grupos econômicos. Nós não temos outro planeta para morar e não queremos ver nossa espécie exterminar. Então vamos sair por aí ajudando, orientando, sensiilizando, trabalhando. Somos uma mesma família e precisamos superar nossas limitações, desentendimentos e conflitos.

12 de out. de 2009

11 de out. de 2009

O ECO

-Cecília Meireles- O menino pergunta ao eco Onde e que ele se esconde, Mas o eco só responde: “Onde? Onde? “ O menino também lhe pede: “Eco, vem passear comigo!” Mas não sabe se o eco é amigo Ou inimigo. Pois só lhe ouve dizer: “Migo!”
O Pássaro Cativo Armas, num galho de árvore, o alçapão; E, em breve, uma avezinha descuidada, Batendo as asas cai na escravidão. Dás-lhe então, por esplêndida morada, A gaiola dourada; Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo: Porque é que, tendo tudo, há de ficar O passarinho mudo, Arrepiado e triste, sem cantar? É que, crença, os pássaros não falam. Só gorjeando a sua dor exalam, Sem que os homens os possam entender; Se os pássaros falassem, Talvez os teus ouvidos escutassem Este cativo pássaro dizer: “Não quero o teu alpiste! Gosto mais do alimento que procuro Na mata livre em que a voar me viste; Tenho água fresca num recanto escuro Da selva em que nasci; Da mata entre os verdores, Tenho frutos e flores, Sem precisar de ti! Não quero a tua esplêndida gaiola! Pois nenhuma riqueza me consola De haver perdido aquilo que perdi ... Prefiro o ninho humilde, construído De folhas secas, plácido, e escondido Entre os galhos das árvores amigas ... Solta-me ao vento e ao sol! Com que direito à escravidão me obrigas? Quero saudar as pompas do arrebol! Quero, ao cair da tarde, Entoar minhas tristíssimas cantigas! Por que me prendes? Solta-me covarde! Deus me deu por gaiola a imensidade: Não me roubes a minha liberdade ... Quero voar! voar! ... “ Estas cousas o pássaro diria, Se pudesse falar. E a tua alma, criança, tremeria, Vendo tanta aflição: E a tua mão tremendo, lhe abriria A porta da prisão... Olavo Bilac Do livro: Poesias Infantis, Ed. Francisco Alves, 1929, RJ